Eleições do Parlamento Europeu de 2024
Saúdo todos em nome do Partido Ecologista Os Verdes, os amigos do PCP e da Associação Intervenção Democrática, e ainda os numerosos independentes, homens e mulheres sem partido, que partilham connosco, na CDU, a dimensão da defesa da justiça social, do respeito pelos direitos dos cidadãos e do desenvolvimento, em que a defesa da diversidade natural e cultural assenta em modos de vida saudável e solidário.
Uma saudação especial ao nosso primeiro candidato, o João Oliveira, com quem tivemos, eu o PEV, o prazer e a honra de partilhar tantas batalhas em defesa dos direitos económicos, sociais e ambientais de todos. Sabemos que, com ele, com o conjunto dos candidatos que serão oportunamente apresentados às Eleições do Parlamento Europeu de 2024, que se realizam no dia 9 de junho, temos um belo caminho para andar.
Apresentamo-nos a estas eleições com a certeza que o país exige, para o Parlamento Europeu, a eleição de deputados empenhados e comprometidos com causas, tendo como prioridade a defesa das nossas especificidades e das nossas potencialidades. O nosso país precisa de deputados que defendam, no Parlamento Europeu, os interesses nacionais e a soberania nacional.
A CDU apresenta-se com um projeto completo que engloba as preocupações gerais que afetam o dia a dia de todos, não só em Portugal, mas também nos outros países da Europa e no Mundo.
É importante continuar a combater a pobreza que cresce a cada ano que passa, apesar da evolução da tecnologia, do desenvolvimento dos países, da tão aclamada Inteligência Artificial.
No entanto, as políticas da União Europeia, secundadas pelos Governos nacionais, em vez de nos encaminharem para um futuro de bem-estar, de qualidade de vida, de consagração dos direitos, empurra-nos cada vez mais para a exploração dos trabalhadores, para os salários baixos, para a vida indigna, sem acesso à habitação e aos serviços públicos de qualidade.
Precisamos de eleger deputados para o Parlamento Europeu que defendam a Soberania Alimentar, promovendo as práticas agrícolas mais amigas do ambiente, livres de pesticidas e de pegada ambiental.
Precisamos de deputados que, como os da CDU, se batam pela promoção de uma mudança total na Política Agrícola Comum (PAC) priorizando a agricultura familiar e promovendo práticas que protejam a água, as sementes e a cultura que encerram, dizendo não aos Organismos Geneticamente Modificados.
Sempre com a prioridade no bem-estar animal e a segurança alimentar, evitando o transporte animal em longas distâncias.
Para Os Verdes é essencial continuarmos e reforçarmos o caminho da defesa e salvaguarda da biodiversidade, com verdadeiras políticas de proteção de ecossistemas e de espécies, sem se permitir retrocessos como querem fazer na proteção do Lobo Ibérico. Esta é uma questão muito sensível para o Partido ecologista Os Verdes porque foi com muito trabalho e persistência que conseguimos construir a lei de proteção desta espécie que quase se extinguiu.
Assim sendo, é com muita preocupação que vemos a União Europeia a querer reduzir o estatuto de proteção do lobo, optando por continuar a perpetuar o mito do “Lobo Mau”, em vez de a trabalhar e promover numa relação de coexistência e de respeito dos humanos com a Natureza e as suas especificidades.
Por muitas promessas de proteção da Biodiversidade, por muitas campanhas de proteção do Ambiente, por muitas metas que se imponham aos países para a descarbonização, na realidade escolhem sempre ir pelo caminho mais fácil a de adaptar as leis ao interesse comercial de impor mais consumos, da exploração dos recursos naturais de forma desenfreada, destruindo solos e lençóis freáticos, espécies protegidas como os Sobreiros em nome de uma transição energética que tem apenas como objetivo principal o lucro de poucos.
Os deputados da CDU, reforçados no Parlamento Europeu, defenderão uma transição energética necessária, mas justa. Socialmente comprometida com as populações e com os trabalhadores e com o Planeta que pretendemos deixar melhor para as futuras gerações.
Este compromisso tem que deixar de estar apenas plasmado no papel e passar à prática.
Se não vejamos o que acontece com o investimento ou a falta dele no transporte público coletivo. Não podemos deixar de alertar para mais uma incoerência, de longa data, das políticas da União Europeia, a Ferrovia.
Apesar de todos os relatórios e estudos indicarem a Ferrovia como o transporte menos poluente, mais seguro, com todo o potencial para contribuir para a descarbonização da Europa, a verdade é que Portugal está sem ligação de comboio à Europa, desde a Pandemia. E não se avistam movimentações que nos permitam acreditar que esta questão será resolvida nos próximos tempos.
Como podemos acreditar nos discursos do fim à dependência dos combustíveis fósseis, quando não a opção é não investir nos meios que nos permitam fazer esse caminho? Como podemos aceitar que da noite para o dia a União Europeia considere a Energia Nuclear uma energia verde e segura?
A experiência do Partido Ecologista Os Verdes na política europeia é vasta. Apesar de alguns quererem fazer passar a ideia de que os Ecologistas nasceram nos últimos meses, menorizando o trabalho que o PEV realiza há mais de 40 anos, e não é porque nos tentam silenciar que não temos trabalho, que não acumulamos experiência, que não apresentamos soluções.
O Partido Ecologista Os Verdes é partido fundador do Partido Verde Europeu e contribuiu para este projeto ecologista global e pacifista.
Companheiros e amigos
Termino como comecei, hoje estamos aqui para mais uma vez reforçar a nossa posição de firmeza, de coerência, de continuidade nas lutas por uma justiça ambiental e social no nosso país respeitando as nossas especificidades, o nosso património natural e cultural.
É tempo de dar mais força aos deputados da CDU no Parlamento Europeu.
Vão dizer-nos que a Europa é o paraíso na Terra, querendo apagar o aumento da pobreza, das dificuldades, as mortes no Mediterrânio, as desigualdades, o caminho da Guerra que estão a promover.
Como pacifistas que somos, precisamos de reforçar a CDU, para que se fale mais de Paz no Parlamento Europeu e menos em pré-guerra e guerra. Porque só com a Paz é que é possível cumprir os Direitos Humanos e construir a Cooperação entre os Povos.
PAZ Sim, Guerra Não!
Viva a CDU!
Mariana Silva, da Comissão Executiva Nacional do PEV
na Sessão da Declaração de João Oliveira, primeiro candidato da CDU ao Parlamento Europeu.