Intervenção de Mariana Silva, candidata do PEV na lista da CDU.
Boa tarde a todos!
Saúdo todos, em nome do PEV, os amigos do PCP e da Associação Intervenção Democrática, e ainda os numerosos independentes que partilham connosco, na CDU, os valores da justiça social e ambiental.
Estamos hoje a apresentar a lista da CDU às Eleições do Parlamento Europeu, lista que é composta por mulheres e homens empenhados e comprometidos com causas, tendo como prioridade a defesa das especificidades e potencialidades de Portugal.
Mulheres e homens comprometidos com políticas sérias que garantam os direitos inscritos na Constituição da República Portuguesa, com a sua concretização e que não desistem de sonhar e lutar por novos e mais avançados direitos.
Mulheres e homens que entregam o seu tempo, a sua disponibilidade, os seus esforços para lutar pela justiça social e ambiental, pelo respeito pelos direitos dos cidadãos, pelo desenvolvimento, na defesa da diversidade natural e cultural assente em modos de vida saudáveis e solidários.
Estes candidatos apresentam-se às Eleições do Parlamento Europeu de 2024, que se realizam no dia 9 de junho, com a certeza que o país exige, para o Parlamento Europeu, a eleição de deputados empenhados e comprometidos, que o nosso país precisa de deputados que defendam, em Bruxelas, os interesses nacionais e a soberania nacional.
A CDU apresenta-se, por isso, com um projeto completo que engloba as preocupações gerais que afetam o dia a dia de todos, não só em Portugal, mas também nos outros países da Europa e no Mundo.
Os Verdes estão, aqui na CDU, neste projecto de ampla unidade com o compromisso com as pessoas deste País, com o compromisso pela defesa da natureza e da biodiversidade, com o compromisso pelo bem-estar animal, com o compromisso sério pelas condições de vida das populações e da sua felicidade.
Esta semana apresentámos os nossos compromissos ecologistas onde reafirmamos muitas das lutas que não deixamos cair, sempre ao lado das populações, ouvindo-as e envolvendo-as.
Reafirmamos a exigência de uma União Europeia que dê respostas sólidas para a conservação da Natureza e da Biodiversidade, bem como para a salvaguarda das espécies, reforçando as áreas protegidas com meios humanos, técnicos e financeiros e rejeitando a sua destruição pelos chamados projetos de elevado interesse nacional, sejam eles turísticos, energéticos, mineiros ou de agricultura intensiva. Recusamos vender a Natureza.
Apontamos à protecção da agricultura familiar e da produção local ou biológica, com a promoção de produtos locais e de práticas agrícolas mais sustentáveis ou de sistemas alimentares locais ao alicerçar-se na conservação do capital natural – solo, água, biodiversidade.
Reclamamos respostas sérias à ameaça das Alterações Climáticas que não podem ser desligadas de um verdadeiro investimento no serviço de transportes públicos disponível em todo o território. Sublinhamos mesmo a ferrovia como eixo fundamental onde deve assentar a rede de transportes públicos, incluindo a ligação ferroviária à Europa.
Queremos contribuir para uma União Europeia que promova o trabalho com direitos, a integração social, com o direito à habitação como emergência das políticas públicas, que têm de assegurar a todos o direito a um teto e a condições dignas de vida, direitos que estão cada vez mais colocados em causa.
Não aceitamos um país, membro de um clube dos ricos, a União Europeia, que permite pessoas a viver em tendas, nos jardins, nas portas dos prédios, nos espaços verdes, mesmo trabalhando, mas em que o salário que recebem ao fim do mês não é a garantia da dignidade que todos merecemos.
Como partido pacifista que somos, alcançar a Paz é um dos nossos objetivos primordiais. No Manifesto Ecologista deixamos bem claro que queremos uma Europa de Paz e uma União Europeia com estados-membros soberanos, com direitos iguais entre si e solidários.
São primordiais políticas de solidariedade, humanismo e de responsabilidade dos Estados Membros na ajuda dos migrantes que fogem às guerras, nas quais a União Europeia também tem a sua quota parte de responsabilidade, ou que fogem à fome provocada pelas alterações climáticas.
Companheiros e amigos,
Aqui estamos. Juntos.
E permitam-me relembrar o que António Gedeão escreveu sobre as
árvores:
“As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.”
Se as árvores, sozinhas, fazem tudo isto, imaginem o que faremos juntos, com a força de todos. Com a força dos 29 candidatos apresentados hoje, que se juntará à força das centenas de pessoas que aqui se encontram e que se transformará numa imensa força coletiva em todo o país.
Queremos informar, queremos avisar toda a gente sobre as lutas dos Verdes e da CDU nas mais diversas áreas, juntos lutaremos por direitos iguais, contra a violência de género, contra a discriminação, contra o discurso de ódio.
A poucos dias de celebrar os 50 anos do 25 de Abril, lembramos que Abril também nos trouxe o direito a um Ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
Cá estamos, na CDU, a defender o Ambiente e a Natureza, luta que está intrinsecamente ligada a uma Europa de Paz e justiça social.
Viva o 25 de Abril!
Viva a CDU!