Saúdo todos em nome do Partido Ecologista Os Verdes, os amigos do PCP,
da ID e os muitos independentes que partilham connosco, os valores da
justiça social e ambiental, o respeito pelos direitos dos cidadãos e do
desenvolvimento, e a defesa da diversidade natural e cultural, neste
grande projeto que é a CDU, que assenta em modos de vida saudáveis e
solidários.
É claro o que nos move nas eleições ao Parlamento Europeu. O País
precisa da eleição de deputados empenhados e comprometidos com
causas, tendo como prioridade a defesa das nossas especificidades e das
nossas potencialidades.
Deputados que de batam pelos urgentes investimentos na mobilidade,
nos transportes públicos, para que seja cumprido um direito consagrado
na Constituição da República e para que possamos assistir medidas que
nos levem para o caminho da descarbonização.
Investimentos que passam, sobretudo, por uma aposta séria na Ferrovia,
para que todas as capitais de distrito tenham comboio, para que Portugal
tenha uma ligação ferroviária à Europa digna desse nome.
Os partidos que compõem a CDU já deram provas de que são os únicos
que não desistem do direito à mobilidade a preços acessíveis. Há 5 anos
conseguimos, com a pressão sobre o PS, que se concretizasse o passe
social, no valor de 40 euros, e que a intermodalidade fosse primordial e o
transporte público fosse a solução para as deslocações do dia a dia.
E apesar de durante muitos anos termos sido acusados de utopia, os
últimos 5 anos demonstraram que esta que foi uma das maiores medidas
ambientais aplicadas no nosso país. Agora terá que ser aplicada a todo o
território nacional e não apenas nas áreas metropolitanas.
As conversas que temos na rua, nas empresas, nas escolas, no comércio
revelam que são necessárias políticas sérias que defendam os serviços
públicos, as carreiras dos seus profissionais, que sejam reforçados os
meios humanos e técnicos, desde a justiça à saúde.
As pessoas esperam políticas públicas para a Habitação, que assegurem a
todos o direito a um teto e a condições dignas de vida, direitos que são
cada vez mais colocados em causa. Não precisam de mais apoios aos
grupos económicos do imobiliário!
Precisamos de continuar, de reforçar, as conversas com todos sobre a
importância da eleição de deputados que, em Bruxelas, defendam os
portugueses, e de quem escolheu viver cá, porque o que lá se decide tem
repercussões sérias cá.
Tem repercussões sérias cá em todas as áreas, inclusive, nas ambientais.
As questões ambientais, apesar de continuarem na chamada “ordem do
dia”, são mais acarinhadas nos papéis do que nas opções políticas que
precisam de ser tomadas. Investir na defesa do ambiente, na proteção e
conservação da natureza e da biodiversidade, é investir na saúde, na
economia, na qualidade de vida das pessoas e no futuro.
São indispensáveis opções políticas e investimentos sérios no reforço das
estruturas públicas que fiscalizam os projectos para a transição energética
que já está a acontecer.
Portugal não pode falar de ODS’s, de responsabilidade ambiental das
empresas e autarquias, mas depois moldar as leis aos interesses e
negócios das grandes multinacionais.
Não se pode falar de energia verde, sustentável e depois apostar em
painéis solares implantados em milhares de hectares de solos férteis para
a agricultura ou para a preservação de espécies protegidas, autorizando o
abate de milhares de Sobreiros. Sim, porque só em Portugal já foram
destruídos perto de 100 mil hectares de Floresta para a produção de
energia. Onde está o verde nisso? Porque não foi feito um investimento
em telhados, condomínios, edifícios públicos, parques industriais e tantas
outras soluções mais amigas da natureza.
Companheiros e amigos,
Os deputados que podem defender os interesses e proteger as
especificidades do nosso país são os deputados da CDU, os que
continuarão a lutar pela produção nacional, pela agricultura familiar e
biológica, pelo fim dos apoios à agricultura intensiva.
Que continuarão a lutar contra a privatização da água, e pela urgente
aplicação de planos que permitam a mitigação das consequências dos
períodos de seca, casa vez mais intensos.
Que se vão bater por políticas sérias de mitigação das Alterações
Climáticas que são cada vez mais sérias, seja com grandes inundações,
seja com temperaturas cada vez mais altas. A costa portuguesa já não
permite que tenhamos dúvidas sobre as consequências graves da erosão
da orla costeira, várias são as praias que já perderam o seu areal devido à
subida do mar e as consequências sociais estão cada vez mais agravadas.
Assim, contamos com todos para, juntos, lutarmos por direitos iguais para
todos, contra a violência de género, contra a discriminação, contra o
discurso de ódio que cresce a cada dia que passa promovido por aqueles
que querem continuar livres para espalhar o medo e a insegurança.
Contamos com todos para exigirmos políticas de solidariedade,
humanidade e de responsabilidade na ajuda dos migrantes que fogem às
guerras, nas quais a União Europeia tem a sua quota parte de
responsabilidade, ou que fogem à fome provocada pelas alterações
climáticas.
Queremos uma Europa promotora de políticas de paz dentro e fora dela,
através de relações de diálogo entre os povos, pondo fim ao comércio
internacional de armas e rompendo com o braço bélico dos Estados
Unidos da América, a NATO.
Queremos uma Europa de Paz com estados soberanos, com direitos iguais
entre si e solidários.
Viva a CDU