Os Verdes realizaram caminhada na Figueira da Foz
No passado domingo dia 16 de julho o Partido Ecologista Os Verdes, realizou uma Caminhada Verde, na Figueira da Foz que teve como objetivo de alertar, ouvir e intervir sobre as problemáticas com que o litoral se confronta, nomeadamente a pressão urbana, a erosão costeira e a destruição das dunas e respetiva vegetação dunar e a implantação de eólicas offshore ao largo da Figueira da Foz.
Nesta Caminhada Verde foi interpretada a evolução histórica dos povoados da Figueira da Foz / Buarcos e as alterações urbanas que ocorreram nas últimas décadas associadas à pressão turística que mudaram de forma significativa o traço e tipologias do edificado descaracterizando os núcleos históricos, como foi o caso de Buarcos.
Na iniciativa foi também abordado os impactos da extensão do molhe norte da Figueira da Foz que para além continuar a prolongar o areal, o maior do país, tem inversamente conduzido ao recuo das praias na zona sul, decorrentes do processo erosivo com grandes impactos ambientais e económicos, enquanto que a solução anunciada em 2021 pelo anterior Ministro do Ambiente, o sistema de bypass de areia, conduzindo os sedimentos de norte para sul, vai sendo “empurrado com a barriga”. Segundo a APA não avançará antes de 2030, se avançar.
Os Verdes vêm com grande preocupação a intenção da autarquia remover o coberto vegetal que foi crescendo no areal da Figueira da Foz que para além de inúmeros benefícios para a biodiversidade, ambiente e paisagísticos, permite segurar e fixar as areias, que se tornam desconfortáveis nos dias mais ventosos.
No mesmo sentido, o PEV consideram preocupante a falta de transparência e o desconhecimento dos impactos no ambiente e nas atividades económicas, como é o caso da pesca, do projeto para a instalação do maior parque eólico offshore para a produção de energia ao largo da Figueira da Foz, abrangendo cerca de 1200 km2 (equivale +/- a um terço do distrito de Coimbra).