22 de Abril, Dia da Terra
A Candidata Ecologista ao Parlamento Europeu na Lista da CDU, Mariana Silva, reuniu esta manhã, quando se assinala o Dia Mundial da Terra, com o Movimento em Defesa da Mata Nacional dos Medos para se inteirarem da evolução das pressões sobre esta Reserva Botânica.
Em dezembro de 2021 a Mata Nacional dos Medos, integrada na Área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, foi alvo de uma operação de correção do coberto arbóreo levando ao abate, por ordem do ICNF, de centenas de pinheiros mansos. Um número de árvores nunca completamente esclarecido, nem qual o destino de grande parte da madeira dali retirada. Ao mesmo tempo eram instalados vários quilómetros de passadiços em plena reserva botânica.
Os Verdes e a CDU têm acompanhado este processo desde o início, assim como a intervenção do Movimento em Defesa da Mata dos Medos, tendo questionado por diversas vezes o Governo na matéria.
Hoje, passados cerca de três anos e meio, dia em que se celebra o Dia Mundial da Terra, Os Verdes, pela mão da candidata ao Parlamento Europeu, visitaram a reserva e reuniram com o Movimento tendo aferido que as respostas continuam por dar. Mantém-se a observância de muito lixo espalhado dando nota de falta de civismo mas também uma falta de vigilância preventiva. Da mesma forma nos testemunha o Movimento de que com os passadiços em plena reserva botânica, aumentou muito a pressão humana devida à visitação estimulada pela publicitação e existência da infraestrutura, o que corrobora os nossos receios iniciais. Ao contrário de ordenar a visitação e usufruto da paisagem, os passadiços ao entrarem profundamente na Mata Nacional, não contribuem para reduzir a pressão humana sobre o ecossistema. A sua existência veio exatamente estimular e aumentar essa pressão, com toda a perturbação que isso provoca, nomeadamente ao nível da biodiversidade.
Por outro lado é visível o aumento da pressão urbanística que avança sobre esta zona, associada a uma massiva utilização do transporte individual, factores que contrariam uma estratégia de redução das causas das Alterações Climáticas ou a adaptação às mesmas.
Numa altura em que tanto se fala de restauro de ecossistemas, nomeadamente como diretiva da União Europeia, assiste-se à desproteção de uma importantíssima reserva na Área Metropolitana de Lisboa.
Lisboa, 22 de abril de 2024