No passado sábado, Mariana Silva da Comissão Executiva do PEV e José Pedro Rodrigues, Vereador da CDU na CM de Matosinhos, estiveram presentes na Audição Pública em torno do Parque Eólico Offshore em Matosinhos.
As forças que compõem a CDU consideram fundamental a participação das populações, dos setores económicos associados ao mar, das associações e movimentos ligados ao ambiente e à ecologia, no debate sobre os principais impactos daquele que constituirá um dos projetos mais impactantes das últimas décadas no que diz respeito à costa portuguesa, de Viana do Castelo a Sines.
Entendemos que o Parque Eólico Marítimo deve ser alvo de análise e discussão em torno dos seus impactos, pelo que os processos a ele associados exigem transparência e esclarecimento. Até ao momento o impacto sobre as pescas, a biodiversidade marinha, as aves e a economia local não recebeu o devido estudo e análise, quando todos os indicadores levam a crer que a “urgência” de instalar o parque eólico será aceite pelo Governo de maioria PS que em tudo irá facilitar, quer seja no investimento, quer seja na sua rápida operacionalidade.
Os Verdes e a CDU ouviram as preocupações das populações, neste que foi o único debate público promovido em torno deste tema em todo o país, e continuarão a reunir com as diversas entidades e setores com vista ao melhor esclarecimento sobre esta matéria. A CDU não se demite de contribuir com soluções e propostas que garantam que a Transição Energética, tão necessária, ocorra de forma equilibrada com o cumprimento dos direitos sociais e ao ambiente, sob pena de estes projetos virem a constituir um problema e não uma solução para responder às necessidades das populações que ambicionam por energias mais limpas e democráticas, com a poupança de custos a ela associados.
A Transição Energética tem se ser plural e ecológica, pelo que o investimento público e a exploração dos recursos naturais devem ter sempre em conta o interesse público e não apenas servir para engrossar os lucros milionários das empresas que os exploram, à “boleia” do cumprimento de metas climáticas e investimento público.