Hoje assinala-se o Dia Internacional da Paz. O Partido Ecologista Os Verdes, reafirmando a sua génese pacifista, recorda que o constante apelo às armas e ao comércio de armamento em nada contribui para a resolução dos conflitos militares, quer na Ucrânia quer noutros pontos do Globo.
É, por isso, incompreensível, a luz verde do Parlamento Europeu ao reforço da indústria da Defesa na UE, num orçamento de 300 milhões de euros até ao final de 2025. Uma expressiva canalização de recursos financeiros para investir na indústria do armamento, por contraposição com a desproteção dos cidadãos face às crises que os assolam – seja a crise humanitária dos refugiados e os inaceitáveis dramas das mortes à porta da Europa Fortaleza, ou mesmo com os próprios cidadãos da UE e a crise provocada pela inflação e pela constante subida dos juros do BCE – que afeta de forma particular bens essenciais e com repercussões gravosas, nomeadamente no direito à habitação. Consequência direta das contradições da globalização e da limitação da soberania dos povos, sob o pretexto da guerra e do clima.
A escalada de violência já deu provas de que não é solução, gera um inaceitável conjunto de vítimas e devasta as populações que são sempre quem mais sofre os efeitos das guerras. A paz e a cooperação não têm tido lugar nas principais mesas de diálogo das instituições internacionais, ao mesmo tempo que a desinformação tem, com bastante sucesso, veiculado os discursos de ódio e extremado a polarização quer no grande plano das decisões globais, quer nas ondas de choque que abrem o complexo fosso das desigualdades sociais, dentro e fora dos territórios em conflito.
Os Verdes apelam à urgência de uma cooperação estreita entre as nações para chegar à paz, um esforço que envolverá ir às raízes de um conflito onde os interesses internacionais estão em jogo. A promoção da Paz e de procura de soluções diplomáticas são absolutamente necessárias.