Os Verdes lamentam a ocorrência dos graves incêndios florestais que neste momento ainda ocorrem na zona Norte e Centro do país.
Com um impressionante número de ocorrências nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Viseu e Aveiro, desde sábado, tem no tempo quente e seco e na persistência do vento indicadores fulcrais para que estes incêndios se tenham tornado difíceis de combater.
No entanto, não podemos esquecer que desde os grandes incêndios de 2017 foi anunciado um compromisso sério com os planos de prevenção de incêndios e com a promessa de florestas mais resistentes às condições atmosféricas.
As promessas, por um lado, e a falta de vontade política, por outro, colocam o território à mercê do fogo e da destruição, e votam ao desespero as populações que perdem os seus bens.
É preciso coragem política para enfrentar os grandes interesses económicos, aqueles que apenas têm o lucro como objetivo principal, pondo um travão definitivo às monoculturas, sobretudo do eucalipto.
Em 2015, Os Verdes impuseram ao PS a diminuição da área de expansão do eucalipto e no Orçamento do Estado de 2021 voltámos a propor que fosse incluída uma verba para arrancar eucaliptos espontâneos em zonas ardidas, desde então, em muitas das visitas que Os Verdes têm feito aos locais dos incêndios, nomeadamente na Região Centro do país – Serra da Estrela, Pinhal de Leiria, Serras do Caramulo e das Talhadas, Pedrógão – a realidade é desoladora.
Estas medidas não foram implementadas, e sofreram até retrocessos, porque o governo PS não quis e o governo PSD/CDS já afirmou que com eles é para liberalizar o plantio desta espécie.
Não será por acaso que os fogos se tenham concentrado e propagado por zonas que estão bem identificadas por vastas manchas de eucaliptos, que com o tempo seco e quente tornam a propagação dos fogos maior e mais rápida.
Os Verdes, reclamam apoios imediatos para quem perdeu bens e para todos os bombeiros que combatem o fogo e defendem os bens das pessoas e lamentam as vidas que se perderam, reclama uma outra politica florestal que aposte na prevenção, no ordenamentos do território, nas espécies autóctone e na reposição da floresta agora perdida.
O Partido Ecologista Os Verdes
17 de setembro de 2024