Termina agora a Semana Europeia da Mobilidade, o verão tem o seu último dia e, mais uma vez, Marienses e Micaelenses se viram privados da mais elementar mobilidade – sem transporte marítimo de passageiros e viaturas que ligue as ilhas.
A Mobilidade, direito constitucional e elemento fundamental na unidade territorial do país continua a não ter resposta naquele que é um pilar fundamental para o desenvolvimento económico, social e ambiental do Grupo Oriental do Arquipélago.
A falta de resposta para o transporte marítimo de pessoas e bens entre São Miguel e Santa Maria penaliza fortemente a ilha mariense, deixando-a ainda mais isolada numa região já de si com as limitações da periferia.
O Governo açoriano mantém a sua incerta e hipotética solução para um futuro também ele incerto, dependente da renovação da frota que serve o Grupo Central. Não sabemos quanto mais terão os Marienses de esperar.
Quando se celebra a Semana Europeia da Mobilidade é de lamentar a falta desta ligação marítima, ausente mais um ano, mais um verão.
Associado à intenção de privatização da Azores Airlines (SATA), e com o recente acordo encontrado entre o Governo Regional e a companhia aérea Ryanair para continuar a voar para a região, adivinha-se uma mobilidade cada vez mais condicionada pelos desígnios dos mercados e do lucro e menos direcionada para a satisfação das necessidades dos Açorianos.
É lamentável que o direito à mobilidade dos açorianos se jogue no plano dos interesses do lucro rápido e de estratégias financeiras desligadas das necessidades da região e do interesse público.
22 de setembro de 2023
O Gabinete Imprensa
Do Partido Ecologista Os Verdes