Num momento em que se verificam desenvolvimentos públicos, designadamente por via de buscas judiciais, em torno do processo de pesquisa e exploração de lítio, o Partido Ecologista Os Verdes recorda que apontou desde o início do processo do lítio, e nomeadamente no que diz respeito ao processo de Montalegre e Boticas, a falta de transparência, anomalias e irregularidades, inclusive em sede de Assembleia da República.
Os Verdes confrontaram inúmeras vezes, quer o Primeiro-Ministro, quer o Ministro do Ambiente Matos Fernandes, quer o Secretário de Estado João Galamba, no Parlamento, sobre estas situações, exigindo os devidos esclarecimentos.
Várias vezes afirmamos expressamente o seguinte: “ (…) questionamos principalmente a questão da transparência e irregularidades do processo, o secretismo em que está envolto todo o processo da prospeção e exploração de lítio e minerais associados e a falta de envolvimento das populações, (…). Secretismo e falta de transparência que se adensa a cada nova medida, a cada nova reunião.”
Relembramos que também as associações e os movimentos locais, de Montalegre e Boticas, que se opõem à exploração de lítio nestes locais, avançaram com processos junto do sistema judicial.
Neste momento, Os Verdes reafirmam a sua oposição a estas concessões de exploração de lítio, e sustentam que, sendo tempo de apurar todas as responsabilidades, é também tempo de parar este processo que colocará em causa, irreversivelmente, a qualidade de vida das populações e as suas tradições nestas regiões, consubstanciando um ataque gravíssimo à biodiversidade, aos solos, à água, e a zonas de agricultura de montanha que desempenham um papel fundamental como sumidouros de carbono.
Os Verdes esperam agora que a justiça apure o que houver a apurar, de uma forma séria e eficaz.
Partido Ecologista Os Verdes
07 de novembro de 2023