Quais os principais desafios que Vendas Novas enfrenta a nível autárquico?
Vendas Novas foi durante as décadas de 80, 90 e na primeira dos anos 2000, dos concelhos que mais cresceu e se desenvolveu no Alentejo. Enquanto outros perdiam população, Vendas Novas crescia e ganhava actratividade. Desenvolveu-se a todos os níveis, em contraciclo com os restantes concelho do distrito de Évora, mas chegados à década passada a governação do PSD/CDS (2011 a 2015), que agora repetimos, e a gestão do Partido Socialista com o PSD (a maioria do tempo) na Câmara Municipal estagnaram o concelho e levaram a retrocessos.
O principal desafio é romper com esta inércia, com esta politica de desfile de vaidades sem acção consequente na defesa dos serviços públicos, por exemplo. Vamos ter uma loja do cidadão sem que o PSD ou o PS tenham sabido explicar o objetivo de desperdiçar 1,5 milhões de dinheiros públicos em obras e não resolvemos coisas básicas como a falta de trabalhadores na conservatória do registo civil ou as dificuldades de resposta do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde. Por outro lado, onde deveríamos investir como a requalificação de vias públicas e do espaço publico não investimos. Equipamentos municipais completamente degradados como o centro sociocultural ou o pavilhão desportivo municipal, o jardim de infância em Bombel, há anos a necessitar de intervenções de melhoria, ou a creche de Landeira, entre tantos, quase todos os outros com falta de manutenção permanente.
Que balanço fazes deste mandato, enquanto eleito do PEV?
Temos trabalhado muito todo o mandato. Trabalho de equipa, com discussão em colectivo, muito na defesa do desenvolvimento do concelho. Apresentamos propostas em todas as áreas da governação, sempre enquadrando a forma de as pôr em prática e definindo onde ir buscar as verbas para as financiar. É inquestionável o trabalho que temos feito e a sua ligação às associações, às populações, aos trabalhadores das autarquias. Mais de metade mo mandato foi passado com o PS a deixar passar o tempo e o PSD a criticar tudo sem propor praticamente nada. Na segunda metade mudamos de presidente de câmara, e agora o PSD até da critica mostra ter desistido, juntam-se os dois na ausência de intervenção prática, com muita campanha de divulgação e apresentação de projectos megalómanos, mas inconsequentes, como já disse, em muitos casos sem sequer dar resposta à gestão corrente da câmara municipal ou das juntas de freguesia.
Ao longo de todo o mandato foi praticamente sempre a CDU a trazer os grandes temas para a discussão. Por exemplo a habitação, matéria na qual o PS com o PSD desistiram de aproveitar as verbas do PRR: 6 milhões abandonados e o ignorar das propostas da CDU, como a da utilização dos edifícios do estado abandonados/degradados para investimento no arrendamento a custos acessíveis. Admitimos que PS e PSD não tenham capacidade de encontrar soluções, não podemos é aceitar a recusa em pôr em pratica as propostas da CDU com as quais até afirmam concordar, mas depois nada fazem para as executar.
Quais as principais prioridades ecologistas, em Vendas Novas? Em que medida o reforço da CDU dará resposta e contribuirá com soluções?
A principal prioridade da CDU é garantir que o PDM feito pelo PS e aceite pelo PSD, com a permissão do Parque Industrial junto da cidade e a ausência de regulamentações em várias áreas com potenciais prejuízos ambientais no território, contribui para o seu principal objectivo: o de permitir o crescimento equilibrado da cidade de Vendas Novas, dando respostas às questões da habitação de forma coordenada com a garantia da qualidade de vida. Vendas Novas tem muitas potencialidades para crescer e se desenvolver, e isso tal como aconteceu no passado, também no futuro será tanto melhor quanto mais influente na decisão for a CDU.
Precisamos de habitação disponível, preferencialmente a partir do investimento público, a preços acessíveis aos cidadãos, tal como no passado a CDU criou essas condições. Precisamos de resolver os problemas de falta de salas de aula do 1º ciclo, matéria para a qual já clarificamos como o pretendemos fazer. Investimento nos serviços públicos, nomeadamente saúde, protecção civil, área social.
O PS não resolveu, o PSD tem medo de dizer que está mal para não ferir o seu, até há pouco, governo e só a CDU levanta a voz para exigir o pagamento das dívidas do governo (PS e PSD) à Câmara, que já andarão perto de 1 milhão de euros, assim como exigir respostas às competências do governo por cumprir. E o espaço púbico e os equipamentos municipais… 12 anos a deixar degradar as obras que a CDU construiu, precisam da gestão CDU para os recuperar.