“A valorização da escola pública deve ser feita todos os dias, porque por muito que o Governo insista na teoria de que tudo está bem, a verdade é que a escola pública vai passar por grandes provações no futuro e será um futuro próximo. O que exige o reforço do número de professores, do número de auxiliares de educação e de assistentes administrativos. Se não, como explica o senhor ministro da educação ao País, aos pais e encarregados de educação, sobretudo, aos alunos, que existam milhares de professores no desemprego ou a trabalhar noutras profissões, ao mesmo tempo que existem milhares de alunos sem professores? Como vamos credibilizar a profissão de professor, voltar a ter jovens a optar por esta profissão, se o que lhes é dito é que facilmente serão substituídos por outros profissionais? Só porque o Governo não quer valorizar as carreiras, não quer dar apoios à deslocação ou deslocalização? Outra questão: muitas são as crianças e jovens, que necessitam da refeição que a escola garante, e essa necessidade irá manter-se na primeira semana de janeiro em que as escolas estão fechadas. Está ou não a ser preparada em conjunto com as escolas a distribuição das refeições em take-way para os alunos? Está ou não pensada a dificuldade que alguns alunos, que vivem mais afastados das escolas e dos agrupamentos escolares, que vão precisar desse apoio para que tenham garantida pelo menos uma refeição completa por dia?”