Os Verdes avaliam como muito preocupantes os resultados eleitorais de domingo. Desde logo pelo facto de o PEV não ter conseguido obter representação parlamentar, o que deixa de fora da Assembleia da República a resposta ecologista que é premente na atualidade, como também pela expressiva maioria de deputados de direita e de extrema direita eleitos, anunciando tempos muito complexos para a democracia, para os direitos sociais, ou para fazer face aos desafios ambientais que estão colocados.
Os Verdes saúdam os militantes, activistas e simpatizantes do PEV, do PCP e da ID e os muitos independentes que deram expressão à grandiosa campanha eleitoral desenvolvida pela CDU. Foi uma campanha de intenso esclarecimento, atenta às populações e aos seus problemas, uma campanha de grande proximidade, junto das organizações e movimentos de cidadãos, sindicatos, pequenos e médios empresários, por todos os cantos do país, envolvendo todos os nossos candidatos, mas que sem dúvida não conseguiu suplantar um forte silenciamento e condicionamento diariamente presente na comunicação social.
Saudamos os deputados do PCP eleitos pela CDU, certos do seu papel decisivo e combativo em matérias fundamentais num contexto político que se adivinha de enorme instabilidade.
Não podemos também deixar de referir e valorizar a maior afluência às urnas, da qual resultou uma significativa descida da abstenção face aos últimos atos eleitorais.
Tendo ficado longe de eleger deputados à Assembleia da República, o Partido Ecologista Os Verdes não baixará os braços e continuará com a sua ação constante junto das populações, da realidade concreta, pela biodiversidade e pelos recursos naturais, pelas respostas eficazes ao problema das alterações climáticas, pela democracia e pelos valores de Abril, com a Constituição da República Portuguesa como referencial para defender e construir um país com futuro.
Partido Ecologista Os Verdes
Lisboa, 11 de março de 2024