O Colectivo de Lisboa do Partido Ecologista Os Verdes realizou ontem, dia 29 de julho, uma acção de contacto e sensibilização junto da população, em Lisboa, em defesa da desactivação progressiva, mas definitiva, do Aeroporto Humberto Delgado, um processo sobre o qual o PEV reivindica uma ampla participação e discussão pública.
Esta acção, que teve lugar no Jardim do Campo Grande, contou com a participação de dirigentes nacionais do PEV, dos deputados municipais da Assembleia Municipal de Lisboa, Cláudia Madeira e José L. Sobreda Antunes, dos eleitos da CDU na Assembleia de Freguesia de Alvalade, Frederico Lira do PEV e Sérgio Morais do PCP, entre outros membros da CDU Alvalade. Nesta iniciativa esteve igualmente presente o Movimento Morar em Lisboa.
O Aeroporto Humberto Delgado está, há décadas, a funcionar dentro da cidade de Lisboa e é rodeado de áreas residenciais, escolas, universidades e hospitais. A população está permanentemente exposta a altos níveis de ruído e às partículas ultrafinas, o que tem impactos muito negativos no bem-estar e na saúde. Com a construção do novo aeroporto em Alcochete, o Partido Ecologista Os Verdes defende que o Aeroporto Humberto Delgado deve ser desactivado, de forma progressiva, mas definitiva.
Para Os Verdes, é preciso exigir a construção rápida do novo aeroporto e tornar possível a saída do aeroporto do centro da cidade, garantindo também que os terrenos sejam usados para servir as pessoas e a cidade.
De acordo com a deputada municipal do PEV na AML, Cláudia Madeira, “ esta é a oportunidade para se realizar um grande processo de discussão pública sobre as futuras utilizações dos terrenos do aeroporto, que podem e devem dar respostas às necessidades das pessoas e ser um valioso contributo para melhorar os padrões ambientais da cidade.”
Os Verdes lamentam a decisão do Governo, que pretende atingir o objetivo de aumentar a capacidade dos 38 para os 45 movimentos por hora no Aeroporto Humberto Delgado, agravando o flagelo a que muitos cidadãos são expostos diariamente.
O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quer uma compensação pelo aumento da capacidade temporária do Aeroporto da Portela, o que contraria os interesses da cidade e da população. A saúde e o ambiente são uma prioridade e não há compensações que paguem os impactos que o aeroporto causa às pessoas afetadas.
Partido Ecologista Os Verdes
30 de julho de 2024